A partir do século XVI, Espanha colonizou várias regiões da América. O sistema de colonização utilizado baseava-se na exploração dos recursos das áreas dominadas.
Os nativos americanos foram dominados, tiveram que trabalhar de forma forçada para os colonizadores, e suas crenças foram postas de lado pelos colonizadores que os obrigaram a seguir a cultura espanhola.
Com o decorrer dos anos, após muita exploração de suas riquezas naturais e minerais, os movimentos se sucederam com o aumento dos impostos e um rígido sistema fiscalizador. Os colonos influenciados pelos ideais libertários do iluminismo, e com o apoio da França e da Inglaterra.
Sem dúvida, a elite letrada da América Hispânica teve como inspiração o iluminismo. A maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, eram filhos de espanhóis nascidos na América, porem não possuíam direitos políticos nas grandes instituições coloniais. Por terem sido deixados de lado na política, enxergaram no iluminismo uma resposta ao domínio espanhol, que eram representados pelos chapetones.
Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria ja tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas.
No final do seculo XVIII, a ascensão de napoleão frente ao estado francês e a demanda britânica e norte-americana pela expansão de seus mercados consumidores serão dois pontos cruciais para a independência. A frança, pelo descumprimento do bloqueio continental, invadiu a Espanha, desestabilizando a autoridade do governo sob as colônias. Além disso, Estados unidos e Inglaterra tinha grande interesses econômicos a serem alcançados com o fim do monopólio comercial espanhol no região.
É nesse momento, no início do século XIX, que a mobilização ganha seus primeiros contornos. A restauração da autoridade colonial espanhola seria o estopim do levante capitaneando pelos criollos. Contando com o apoio financeiro anglo-americano, os criollos convocaram as populações colonias a se rebelarem contra a Espanha. Os dois dos maiores líderes criollos da independência foram, Simon Bolívar e José de San Martin. Organizando exércitos pelas porções norte e sul da América, ambos sequenciaram a proclamação de independência de vários países latino-americanos.
No ano de 1826, com toda América Latina independente, as novas nações reuniram-se no Congresso do panamá. Nele, Simon Bolívar defendia um amplo projeto de solidariedade e integração político-econômica entre as nações latina-americanas. No entanto, Estados Unidos e Inglaterra se opuseram a esse projeto, que ameaça seus interesses econômicos no continente. Com isso, a America Latina acabou mantendo-se fragmentada.
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Piramide sócio-econômica hispano americana. |
Conclusão:
Mesmo após a independência colonial, a América espanhola não teve todos os seus problemas sócio-econômicos resolvidos, com o decorrer do tempo ainda é possível encontrar uma dependência comercial estrangeira,o fim do colonialismo não significou o fim da pobreza ou o fim das diferenças entre as classes sociais, pois muitas riquezas da América já tinha sido exploradas e levadas por seus colonizadores.
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